A cor figurou em destaque na posse de Barack Obama como o primeiro negro a tornar-se presidente dos Estados Unidos. Verde pode igualmente revelar-se uma cor importante, com os compromissos ambientais de Obama para dar o tom do enfrentamento da crise climática. "As formas que usamos a energia," afirmou Obama em seu discurso inaugural, "ameaçam o nosso meio ambiente". Ele propos outro caminho: "Vamos aproveitar a energia do sol, do vento e do solo". As 12h01min, o site da Casa Branca (whitehouse.gov) tinha postado a agenda da administração de Obama, destacando planos para a energia e o ambiente, terminando com a afirmação clara: "Fazer dos EUA o líder das alterações climáticas". Em inglês, "Make the US a Leader on Climate Change." A mudança, aqui, é claro, significa um freio no aquecimento global, mas principalmente o reconhecimento que a ação do homem (especialmente a norte-americana)tem trazido impacto sobre o ambiente.
Transformar esta retórica em ação é a tarefa não só da administração Obama, mas também de toda a comunidade norte-americana. Organizações voltadas para a defesa da sustentabilidade se esforçaram para tornar mais ecológicos os eventos da posse. A entidade Native Energy forneceu compensações para todas as estimativas de emissões de carbonos associadas com o a festa Monday's Green Inaugural Ball,que contou com patrocínio de entidades ambientalistas.
Sobre a posse propriamente dita, a Leonardo Academy, uma entidade sem fins lucrativos que incentiva a sustentabilidade, anunciou a campanha "Vamos Todos Ajudar o Presidente Obama a Fazer a Posse Verde!", incentivando os donativos para a compra de certificados de emissões de carbono, como compensações para a realização do evento que reuniu cerca de 2 milhões de pessoas de várias partes do mundo. Se cada um no país doasse 20 dólares para a campanha, seria possível arrecadar US$ 6 bilhões.
Isso equivale a mais de metade dos US$ 10 bilhões que a Administração Obama está alocando para energia limpa num pacote de estímulo à econômica de US$ 300 bilhões, de acordo com a jornalista Francesca Rheannon, do blog Sea Change Radio. Segundo ela, este percentual baixo porde atrasar ou desviar a atenção das promessas ambientais de campanha em função da crise econômica
Apesar deste senão, comparado com o que vimos durante o governo Bush, o Plano de Recuperação e Reinvestimento de Obama, no que diz respeito à produção de energias renováveis, é extremamente ambicioso. No entanto, dada a pequena percentagem de energia produzida por fontes renováveis no momento nos EUA., o plano pode ficar aquém das metas necessárias para transformar a economia de energia limpa.
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