quinta-feira, 29 de abril de 2010

Não basta falar.... tem que fazer


O fato é que campanhas de marketing do "fazer o bem" não são mais efetivas. Uma empresa que se declara ser "sustentável" ou "responsável", garante que é verdadeiramente empenhada em fazer o bem e se mantém responsável pelos resultados.
 
Comentando: ou seja, não basta anunciar que é do bem, tem que realmente agir desta forma, em toda a sua cadeia produtiva - o que inclui fornecedores, consumidores, comunidades locais, e principalmente, empregados.
 
Manter-se responsável pelos resultados é, de longe, o mais difícil de ser cumprido. Vale uma reflexão por todas as empresas que nos últimos tempos têm se apressado a se autoproclamarem sustentáveis, socialmente responsáveis, etc.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Dia da Terra faz 40 anos

Nesta quinta, 22 de abril, comemora-se em todo o mundo o Dia da Terra. A data chega aos 40 anos depois de começar nos Estados Unidos como um movimento que misturava educação, atividades e celebração. Muitos consideram que o evento, que chegou a reunir 20 milhões de americanos em 1970, foi o marco inicial do movimento ecológico. Mais desta história pode ser conferido aqui.

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Em 22 de abril comemora-se também o Descobrimento do Brasil. Foi nessa data, no ano de 1500, que os marinheiros de uma frota portuguesa, sob o comando do capitão Pedro Álvares Cabral, avistaram um monte, que chamaram de Pascoal, no litoral sul do atual Estado da Bahia. Isso aconteceu depois de atravessarem o oceano Atlântico durante cerca de 40 dias, sem saber com certeza o que iriam encontrar aqui.
 
A curiosidade de as duas datas coincidirem nos faz pensar se não está na hora de "descobrirmos" que existe uma outra forma de tratar a Terra.
 

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Natureza como limite da economia

 

Discutir quais são os limites para o crescimento, frente à imperiosa necessidade de respeita o meio ambiente. Este é o tema do debate que acontece no dia 19 de abril, às 15h, no auditório do Instituto de Estudos Avançados (IEA), da Universidade de São Paulo (USP),  O evento contará com a participação de Andrei Cechin, José Eli da Veiga e Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp. Na ocasião, serão lançados dois livros que aprofundam esta discussão.

O primeiro deles é Economia Socioambiental, organizado por José Eli da Veiga, que debate os critérios utilizados no Brasil para tratar questões socioambientais. O outro é A Natureza Como Limite da Economia – a Contribuição de Nicholas Georgescu-Roegen, de Andrei Cechin. A obra resgata a vida e o pensamento do economista Georgescu-Roegen, para quem é impossível manter os atuais níveis de crescimento sem que as futuras gerações arquem com os ônus da irresponsabilidade, sendo necessário que a economia não só deixe de crescer, mas que em algum momento passe a decrescer.

A sede do IEA fica na Rua da Reitoria (antiga Travessa J), 374, na Cidade Universitária, em São Paulo. O evento será transmitido ao vivo pela internet no endereço www.iea.usp.br/aovivo.

Mais informações podem ser obtidas com Inês Iwashita, pelo e-mail ineshita@usp.br ou pelo telefone (11) 3091-1685.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Jornalismo de frases de efeito

No programa de rádio do Observatório da Imprensa de hoje, 13/4, Luciano Martins Costa comentou como jornais noticiaram o evento sobre economia de baixo carbono realizado em São Paulo, para o qual Marina Silva foi convidada:

 

A ex-ministra do Meio Ambiente e pré-candidata à Presidência da República, senadora Marina Silva, foi a convidada principal do seminário sobre economia de baixo carbono, organizado pela revista CartaCapital em São Paulo, na segunda-feira (12/4). Os jornais de terça-feira registram o evento apenas para destacar opiniões da senadora sobre a disputa eleitoral.

Marina Silva disse entre outras coisas que, sem Lula na disputa, a campanha será um confronto de candidatos carrancudos – e a imprensa gostou da frase. A senadora disse muito mais do que isso, e os outros participantes também ofereceram farto material sobre a questão do desenvolvimento sustentável, que deveria estar no centro dos debates eleitorais. Mas os jornais parecem estar interessados apenas em frases de efeito.

Uma das informações oferecidas aos presentes dá conta do crescente interesse da imprensa brasileira pelo tema da preservação ambiental. A ex-ministra informou, por exemplo, que em 2003, quando ela assumiu o cargo, sua assessoria coletava nos jornais uma média de catorze notícias sobre a questão ambiental por dia. Hoje, a imprensa brasileira publica diariamente pelo menos uma centena de notas e reportagens sobre o assunto.

O detalhe, que nenhum dos participantes se animou a comentar, continua sendo a qualidade desse noticiário. Pela baixa repercussão que o evento produziu nos jornais do dia seguinte, pode-se concluir que a imprensa ainda não entendeu que o desafio ambiental é a grande notícia neste início do século 21.

Rio joga 2 mil toneladas de lixo no esgoto

As chuvas torrenciais que acometeram o Rio de Janeiro na semana passada trouxeram à tona incompetência e insensibilidade administrativa dos diversos governos que já passaram por este Estado. Mas não dá pra negar que os fluminenses também têm sua parcela de contribuição. Um recente levantamento da Cedae mostrou que num período de um ano 2 mil toneladas de lixo foram retiraradas da rede de esgoto estadual. Já foram encontrados celulares, fraldas descartáveis, cotonetes, canivetes, preservativos e até boneca inflável. O presidente do órgão, Wagner Viceter, chama a atenção para o mau hábito do consumidor, que usa o vaso sanitário como lixeira. Esta prática contribui para entupir a tubulação. Curiosamente, as regiões do Rio de Janeiro mais afetadas pela prática são as áreas de melhor poder aquisitivo - Zona Sul, Barra da Tijuca e Centro - o que demonstra que nem sempre educação está associada ao padrão de renda.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Alguém acredita no seu relatório de Sustentabilidade?

Alguém acredita no seu relatório de Sustentabilidade?  

Pesquisa aponta que em grande parte dos relatórios as empresas falham na verificação das informações

A maioria dos dados climáticos e de sustentabilidade relatados por algumas das maiores empresas do mundo sofre com a falta de credibilidade. Isso porque em grande parte destes relatórios as empresas falham na verificação das informações. Uma consultoria britânica pesquisou 350 empresas do índice inglês FTSE em suas práticas de divulgação, descobrindo que apenas 75 delas publicaram algum tipo de garantia para mostrar que a informação havia sido verificada. Destas, apenas 62 foram baseadas em alguma norma de garantia reconhecida e executada por um terceiro, segundo o estudo.

Os investidores clamam por uma forma de comparar a credibilidade da vasta gama de relatórios não-financeiros publicados pelas empresas em suas carteiras, particularmente para as emissões de gases do efeito estufa (GEEs). Por este motivo, o Departamento Britânico, o Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (DEFRA) e um grupo de sociedades, incluindo o Barclays, BP, BAT, CII, a SAP e o Grupo BPR, passaram a patrocinar essa pesquisa. A maioria das empresas não verificou seus inventários de emissões GEEs. Apenas 38 fizeram, enquanto 7 abordaram os critérios de reporte de carbono e apenas 2 declararam claramente ter seguido um padrão.

Um problema generalizado enfrentado pela indústria é a falta de padronização dos modelos de acreditação, criando confusão para os investidores sobre quem possui mais credibilidade: painéis de stakeholders, declarações de auditoria interna, apoio de celebridades ou de terceiros independentes.

"À medida que a Grã-Bretanha se dirige à sua meta de redução das emissões de carbono em 80% até 2050, precisamos da credibilidade e sustentabilidade dos dados de carbono", diz Ben Murray, diretor da Carbon Smart, a empresa-mãe do Smart Consulting, iniciativa que conduziu o estudo. "Atualmente não temos isso", completa ele.

O State of Green Business 2010 ecoa resultados semelhantes.  A iniciativa analisou as práticas de divulgação do índice Standard and Poor"s 500. Apenas 7,6% dos relatórios da S&P 500 procuraram terceiros para a verificação de seus dados ambientais, em comparação com a média global de 23% e a taxa europeia de 30%.

As empresas precisam de um modelo com os componentes recomendados para um processo de verificação robusto e seguro, além da verificação para ajudar a acelerar a prática. "A confiabilidade das emissões e outros dados de alterações climáticas é cada vez mais importante, assim como as questões em torno das alterações climáticas cada vez mais relevantes para as empresas e investidores", disse Nigel Topping, Gerente de Desenvolvimento do Carbon Disclosure Project, entidade de base de dados sobre as mudanças climáticas.

Fonte: Agenda Sustentável (http://www.agendasustentavel.com.br)

HSM Online
31/03/2010